domingo, 11 de setembro de 2011

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

3 comentários:

  1. Olá Psixani, passei para conhecer teu cantinho e agradecer a visita ao meu... adoro Vinícius de Moraes... escolhi essa poesia porque ainda estou me recuperando da perda de um amigo querido.......

    adorei o blog... estou a seguir-te.

    Bjinhos no coração.

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  2. Agradeço muito, Samara! E que Deus lhe conforte e acompanhe sempre... Irei retribuir-lhe a gentileza.

    Beijos.

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  3. "Um bicho igual a mim, simples e humano"

    Genialidade inconfundível de Vinicius.Belíssimo! =)

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